Vacina contra vírus da bronquiolite será oferecida no SUS a partir de novembro

Por Juliana Miguita

A vacina contra o vírus da bronquiolite (VSR) oferecida no SUS protege gestantes e bebês, prevenindo casos graves e internações. Com produção nacional e estratégias complementares, ela representa avanço importante na saúde infantil e na redução das complicações respiratórias na primeira infância.

Você já ouviu falar da vacina contra vírus da bronquiolite? Em breve, o SUS vai oferecer essa vacina para proteger gestantes e bebês, uma medida que promete reduzir muito internações e complicações. Quer saber como isso vai funcionar? Continue lendo!

O que é o vírus sincicial respiratório (VSR) e sua relação com bronquiolite

O vírus sincicial respiratório, conhecido como VSR, é um dos principais causadores de infecções respiratórias em crianças pequenas. Ele ataca principalmente os pulmões e as vias aéreas, podendo causar sintomas como tosse, febre e dificuldade para respirar. Em muitos casos, o VSR leva ao desenvolvimento da bronquiolite, que é a inflamação dos bronquíolos, os pequenos tubos que ligam os bronquíolos aos alvéolos pulmonares.

A bronquiolite é mais comum em bebês menores de 2 anos, especialmente nos prematuros ou crianças com problemas pulmonares e cardíacos. Quando o VSR infecta essas crianças, a inflamação e o excesso de muco dificultam a passagem do ar, causando chiado e dificuldade para respirar. Por isso, o VSR é uma das principais causas de internação hospitalar na infância.

O vírus é altamente contagioso e se espalha facilmente pelo ar e pelo contato com superfícies contaminadas. Em épocas de maior circulação, como o inverno, aumentam os casos de infecção pelo VSR. A boa notícia é que, recentemente, a vacina contra o vírus sincicial respiratório tem sido desenvolvida e implantada para proteger gestantes e bebês, reduzindo o risco de bronquiolite grave.

A importância da vacina contra o VSR para bebês e gestantes

A vacina contra o VSR é fundamental para proteger bebês e gestantes, grupos mais vulneráveis à doença. Para os bebês, o vírus sincicial respiratório pode causar bronquiolite grave, que dificulta a respiração e pode levar à internação hospitalar. A vacina ajuda a prevenir esses casos mais sérios.

Nas gestantes, a imunização gera anticorpos que passam para o bebê durante a gravidez, conferindo proteção nos primeiros meses de vida. Isso é essencial porque os recém-nascidos têm o sistema imunológico frágil e não podem receber a vacina diretamente.

Com a vacina, o risco de complicações graves diminui muito. Além disso, a redução das internações alivia a pressão sobre os hospitais durante épocas de surto do vírus. A vacinação também ajuda a proteger quem convive com o bebê, como irmãos e avós.

Esse avanço melhora a saúde pública e garante mais tranquilidade para as famílias. Por isso, a vacina contra o VSR é uma grande conquista para os cuidados infantis e maternos.

Aumento de 52% nos casos de VSR em bebês em 2025

Em 2025, os casos de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) em bebês tiveram um aumento de 52%. Esse crescimento expressivo preocupou especialistas da saúde e autoridades. O vírus pode causar doenças respiratórias graves, principalmente em bebês pequenos e prematuros.

Esse aumento foi explicado por surtos maiores, que ocorreram após o relaxamento das medidas de proteção contra a Covid-19. Durante a pandemia, o contato social diminuiu, o que reduziu a circulação do VSR, mas também deixou crianças mais vulneráveis depois.

O crescimento no número de casos gerou um aumento significativo nas internações hospitalares. Muitos bebês precisaram de cuidados especiais, o que revelou a importância de estratégias para prevenir a doença, como a vacinação e os cuidados básicos na higiene.

Esse dado reforça a necessidade de acompanhar as campanhas de vacinação contra o VSR, principalmente para grupos mais frágeis. Prevenção é o melhor caminho para evitar complicações e proteger a saúde das crianças.

Estatísticas de internações e riscos para prematuros

Os bebês prematuros têm mais chances de desenvolver casos graves de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Isso acontece porque o sistema imunológico deles ainda está em desenvolvimento e não consegue combater o vírus com eficiência.

Estatísticas mostram que, entre as crianças internadas com bronquiolite causada pelo VSR, uma grande parte é formada por prematuros. Esses bebês correm mais risco de precisar de ventilação mecânica e cuidados intensivos.

Além disso, a mortalidade entre prematuros infectados pelo VSR é maior do que em bebês nascidos a termo. Por isso, o acompanhamento médico rigoroso e a prevenção são fundamentais nesse grupo.

O hospital registra uma alta demanda durante os períodos de surto, aumentando o risco de lotação nas UTIs. Por isso, a vacinação e as medidas de higiene podem ajudar a reduzir essas internações e proteger os prematuros de complicações graves.

Como a imunização materna protege os recém-nascidos

A imunização materna é uma estratégia que protege os recém-nascidos contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Quando a gestante recebe a vacina, o corpo dela produz anticorpos que são passados para o bebê pela placenta.

Esses anticorpos ajudam a fortalecer o sistema imunológico do bebê nos primeiros meses, quando ele ainda é muito frágil. É justamente nesse período que a criança está mais suscetível a infecções graves do VSR.

Dessa forma, a vacina na gestante não protege só a mãe, mas também ajuda a evitar complicações respiratórias no recém-nascido. É uma proteção dupla que faz muita diferença na saúde do bebê.

Essa imunização pode reduzir a necessidade de internações e a gravidade das infecções, garantindo mais segurança ao bebê desde o começo da vida.

Detalhes e produção nacional da vacina Abrysvo da Pfizer

A vacina Abrysvo, desenvolvida pela Pfizer, é uma inovação importante contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Ela protege tanto gestantes quanto bebês, ajudando a prevenir casos graves de bronquiolite.

No Brasil, a produção nacional da vacina é feita em parceria entre a Pfizer e o Instituto Butantan. Isso garante maior disponibilidade e acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Essa colaboração permite acelerar a entrega da vacina e reduzir os custos para o governo, beneficiando mais famílias brasileiras. A produção local também ajuda a evitar atrasos no envio e melhora o controle da qualidade do produto.

A vacina Abrysvo é administrada em dose única nas gestantes, protegendo o bebê durante os primeiros meses de vida. Essa estratégia é fundamental para diminuir a incidência da doença em recém-nascidos.

Parceria entre Instituto Butantan e Pfizer para fornecimento da vacina

A parceria entre o Instituto Butantan e a Pfizer é um marco importante para o combate ao vírus sincicial respiratório (VSR) no Brasil. Essa colaboração permite a produção local da vacina Abrysvo, facilitando o acesso da população.

Com a fabricação nacional, o SUS pode distribuir a vacina de forma mais rápida e eficiente. Isso é essencial para proteger gestantes e bebês de forma ampla e contínua.

O Instituto Butantan traz sua expertise na produção de imunobiológicos e garante a qualidade do produto final. Já a Pfizer contribui com a tecnologia e o desenvolvimento da vacina.

Essa união fortalece a indústria de vacinas no Brasil e ajuda a reduzir os custos, garantindo sustentabilidade ao programa de vacinação contra o VSR.

Comparativo de custos da vacina na rede privada

O custo da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) pode ser bem diferente na rede privada em comparação ao SUS. Na rede privada, a vacinação pode custar a partir de R$ 600, valor considerado alto para a maioria das famílias.

Esse preço pode variar conforme a clínica ou laboratório escolhido. Além disso, o acesso privado exige pagamento integral ou por planos de saúde que nem sempre cobrem essa vacina.

Já no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é oferecida gratuitamente para as gestantes e bebês dentro dos grupos de risco. Isso amplia o alcance e ajuda a proteger quem mais precisa, sem custo adicional.

Essa diferença destaca a importância da vacinação pública e do investimento em produção nacional para garantir segurança e saúde a todos, especialmente às famílias com menor acesso a serviços privados.

Outras tecnologias incorporadas pelo SUS para prevenção do VSR

Além da vacina contra o VSR, o SUS tem adotado outras tecnologias para ajudar na prevenção da doença. Entre elas, estão os avanços em diagnóstico e o uso de medicamentos antivirais que reduzem a gravidade dos sintomas.

Também há o investimento em programas de vacinação para outros vírus respiratórios, que diminuem o risco de coinfecções. Essas medidas colaboram para reduzir a propagação do VSR.

A divulgação de orientações sobre higiene e cuidados respiratórios é outra estratégia importante. Ensinar as famílias sobre a importância de lavar as mãos e evitar contato com pessoas doentes ajuda a prevenir infecções.

O SUS integra essas tecnologias com a vacinação, criando um sistema de proteção ampla que aumenta a segurança das gestantes e dos bebês, ajudando a controlar surtos do vírus.

Impactos da pandemia na circulação do vírus e surtos atípicos

A pandemia da Covid-19 mudou muito a circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). Com o isolamento social e o uso de máscaras, as infecções pelo VSR diminuíram bastante.

Porém, quando muitas medidas de proteção foram relaxadas, surgiram surtos atípicos do vírus. Isso aconteceu porque a população, especialmente as crianças, ficou mais vulnerável após longos períodos sem contato com o vírus.

Esses surtos fora de época causaram aumento das internações e pressionaram os hospitais. Foi um desafio para o sistema de saúde lidar com a alta demanda em momentos diferentes do esperado.

Entender como a pandemia influenciou a circulação do VSR ajuda a planejar melhor a vacinação e as medidas de prevenção para evitar surtos futuros.

Recomendações complementares para prevenção do vírus

Além da vacina, existem outras formas simples e eficazes de prevenir o vírus sincicial respiratório (VSR). Lavar as mãos com frequência é uma das principais ações para evitar a transmissão do vírus.

Evitar contato próximo com pessoas que estejam resfriadas ou com sintomas respiratórios também ajuda bastante. Crianças pequenas e bebês devem ficar longe de ambientes com aglomerações, especialmente durante épocas de maior circulação do vírus.

Manter os ambientes ventilados e limpar objetos que as crianças tocam com frequência são hábitos importantes. Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar ajuda a reduzir a propagação.

Essas recomendações, somadas à vacinação, aumentam a proteção contra o VSR e garantem mais saúde para os bebês e suas famílias.

Benefícios esperados com a introdução da vacina no SUS

A introdução da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) no SUS traz muitos benefícios para a saúde pública. O principal é a redução dos casos graves de bronquiolite em bebês, evitando internações e complicações respiratórias.

A vacina vai diminuir a pressão sobre os hospitais, especialmente durante o inverno, quando a doença tende a aumentar. Isso garante mais vagas e atenção para quem realmente precisa.

Além disso, a imunização das gestantes protege os recém-nascidos, que estão mais vulneráveis nos primeiros meses de vida. Isso cria uma camada extra de defesa para os bebês.

Com a vacinação ampla, espera-se uma melhora na qualidade de vida das famílias, com menos preocupações e despesas médicas. Também ajuda a controlar os surtos e a circulação do vírus na comunidade.

Vacina contra o vírus da bronquiolite: um avanço para a saúde infantil

A chegada da vacina contra o vírus sincicial respiratório no SUS representa um passo importante para proteger bebês e gestantes. Com essa imunização, é possível diminuir casos graves e internações, garantindo mais segurança para as famílias.

Além da vacina, seguir cuidados básicos diários ajuda a evitar a transmissão do vírus e manter as crianças mais saudáveis. A união dessas estratégias traz resultados positivos para a saúde pública.

Ficar atento às informações sobre a vacinação e buscar orientação médica são ações que contribuem para o sucesso dessa prevenção. Assim, cuidamos melhor dos nossos pequenos, desde os primeiros dias de vida.

FAQ – Perguntas frequentes sobre a vacina contra o vírus da bronquiolite

O que é o vírus sincicial respiratório (VSR)?

O VSR é um vírus que causa infecções respiratórias graves, especialmente em bebês e crianças pequenas.

Quem pode receber a vacina contra o VSR no SUS?

A vacina é oferecida gratuitamente para gestantes e bebês que fazem parte dos grupos de risco pelo SUS.

Como a vacina protege os recém-nascidos?

A vacina dada para a gestante gera anticorpos que passam para o bebê pela placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida.

Por que os bebês prematuros são mais vulneráveis ao VSR?

Eles têm o sistema imunológico mais fraco, o que dificulta a defesa contra infecções graves pelo VSR.

Quais cuidados além da vacina ajudam a prevenir o VSR?

Lavar as mãos regularmente, evitar contato com pessoas doentes e manter ambientes ventilados são medidas importantes.

Quais os benefícios esperados com a vacinação contra o VSR pelo SUS?

Menos casos graves, redução das internações hospitalares e proteção para bebês e gestantes, melhorando a saúde pública.

Fonte: G1.globo.com