É bastante comum bebês colocarem o leite para fora após mamarem. Por isso existe a preocupação dos pais de entender se o que está acontecendo com o bebê é algo normal.
Em primeiro lugar, vamos entender um pouco melhor o que é o refluxo:
O refluxo é o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago em direção à boca.
O que causa o refluxo nos bebês?
O que é mais comum de acontecer com os bebês é o refluxo fisiológico, que é causado pelo fato de o aparelho digestivo do bebê ainda estar em desenvolvimento, por isso o conteúdo ingerido pode voltar com mais facilidade. O tipo de alimento dado e a posição podem influenciar. O conteúdo mais líquido e o fato do bebê permanecer muito tempo deitado o torna mais suscetível ao refluxo.
Devo me preocupar com o refluxo no meu bebê?
Existe também a doença do refluxo gastroesofágico. Deve-se ficar atento aos sinais de dor, irritabilidade, dificuldade em ganhar peso. Caso tenha algum destes sinais, é preciso procurar um médico pediatra. A falta de tratamento pode causar irritações no esôfago. Agora, se o bebê regurgita, mas não apresenta nenhum destes sinais, é mais provável que esteja com o refluxo fisiológico, que é tão frequente que pode ser considerado normal e não deve ser motivo de preocupações.
Como evitar o refluxo nos bebês?
No caso do refluxo fisiológico, existem alguns cuidados simples que podem reduzir o refluxo. O Blog da Dra. Juliana Miguita vai te dar algumas dicas:
- Deixar o bebê mamar na posição vertical;
- Fracionar as mamadas para que o bebê não mame uma quantidade muito grande de uma só vez;
- Manter o bebê na posição vertical de 20 a 30 minutos após as mamadas;
- Programar as trocas de fralda antes das refeições para evitar que ele fique deitado após receber o alimento.
Você sabia?
Foi realizado um estudo pela Universidade de Chicago com base em depoimentos de mais de 900 pais de bebês saudáveis e percebeu-se que 50% dos bebês de 3 meses tem ao menos uma regurgitação por dia. Aos 4 meses 67% dos bebês apresentou ao menos um episódio de regurgitação por dia. Entre os 4 e 6 meses, é a época em que isso costuma acontecer com mais frequência, pois coincide com a época em que o bebê começa a sem movimentar mais. A partir dos 6 meses a frequência destes acontecimentos começam a diminuir, até que, neste estudo, apenas 5% dos bebês de 1 ano apresentavam ao menos uma regurgitação por dia.